segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Caetité poderá ter barragem de rejeito em bilionário projeto da BAMIN.


Diante do grave episódio que aconteceu em Brumadinho no estado de Minas Gerais, onde uma barragem de rejeito da empresa Vale, rompeu-se deixando até o momento 58 mortes e 250 desaparecidos e parte de uma cidade devastada pela lama, uma questão vem a tona na região de Caetité e volta a ser destaque de discussões. 

Em Caetité e região de Pindaí, está localizada uma maiores reservas do Brasil de minério de ferro. A empresa Bamin, atualmente controlada pela  Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), uma multinacional do Cazaquistão, que é  detentora dos direitos de exploração dos locais  desde 2007 vem tentando implementar o empreendimento bilionário, que envolve diversas questões polêmicas.

Uma delas é a instalação de uma barragem de rejeito que vai impactar moradores da região dos distritos de  Guirapá e Brejinho das  Ametistas e as comunidades de Cana Brava, Açoita Cavalo, Açoita Cavalo II, Fazenda da Mata, Fazenda da Mata de Baixo, Rio da Faca, Rio da Faca de Cima, Fazenda das Flores, João Barroca e Brejo.  Uma área de 719 hectares pode ter a vegetação suprimida e alagada pelo empreendimento que irá receber os rejeitos da produção que são altamente perigosos ao meio ambiente em caso de desastres. Esses locais estão na divisa das cidades de Caetité e Pindaí. 

Lideres comunitários, comissões e movimentos livres,  batem na ideia que a barragem irá prejudicar diretamente a região, e não somente as comunidades apontadas pela BAMIN. Para as lideranças que representam 600 famílias, a  Bamin quer acabar com locais com melhor oferta de água doce dessas comunidades. Irão desaparecer 27 nascentes e poços artesanais usados  pela população dessa região que depende dessas áreas para seus sustento. O risco de falta de água também é outro fator preocupante.

Os projetos de construções das  barragens em Mariana e Brumadinho,  foram os mais econômicos.   A BAMIN tinha apresentado cinco vias de construções, mais também escolheu os   procedimentos mais baratos e que podem causar  maiores impactos ao meio ambiente. Como nas cidades onde aconteceram as duas tragédias, nossa região corre o risco de acontecer a  negligencia com o passar o tempo, o que pode causar um desastre ambiental onde a lama depositada na barragem seria encaminhada diretamente na bacia que liga  ao velho  Rio São Francisco.

O ministério Público da Bahia, vem acompanhando de perto o projeto e já  recomendou a BAMIN que altere o local da barragem, e que faça um estudo mais detalhado e mais profundo  dos danos e a real abrangência dos impactos para os meios físicos, bióticos e socioeconômicos. 

A BAMIN no projeto Pedra de Ferro,  estima explorar da região 470 milhões de toneladas de minério de ferro. Outro entrave para o início do  empreendimento é a conclusão das obras da FIOL, Ferrovia de Integração Oeste Leste, que escoará a produção para o porto de Ilhéus e que está com 76 % das obras concluídas. 

Enquanto o projeto não sai do papel a preocupação diante dos impactos para a população continuam em ampla discussão. A redação do Caetité Notícias, irá enviar  perguntas a BAMIN sobre as obras e como anda o desenrolar do empreendimento.









Fonte Foto site Caitité 

, Blog da ACBG. 










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