sábado, 3 de agosto de 2019

BRASIL: O presidente Jair Bolsonaro , Controle da narrativa

Olá.

O presidente Jair Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto, em boa medida, graças à sua capacidade de comunicação. Com uma estratégia virtual pioneira no Brasil, ele sedimentou sua relação com uma parte relevante da sociedade e se colocou como o principal porta-voz do sentimento antipetista. O discurso radical e direto conquistou a parcela da sociedade esgotada com o que se convencionou chamar de "velha política".

Nos primeiros seis meses de sua gestão, o presidente manteve o foco na estratégia virtual. Há pouco mais de um mês, no entanto, isso mudou. O presidente parece ter descoberto que a palavra presidencial tem um protagonismo inevitável e passou a dar declarações à mídia tradicional  TVs, jornais e revistas —  em qualquer oportunidade. A portaria do Palácio da Alvorada, sua residência, virou um palanque permanente — e seu porta-voz, Otávio do Rêgo Barros, protagonista no início do governo, perdeu importância.
POR PAULO CELSO PEREIRA
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA . BLOG DA ACBG CLÁUDIO DUTRA.
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Se os meios utilizados são outros, o estilo é o mesmo da campanha eleitoral: pouca profundidade e muita agressividade. No episódio mais marcante da última semana, Bolsonaro atacou a memória de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, assassinado pelos militares durante a Ditadura de 1964.

Em uma entrevista exclusiva à repórter Jussara Soares, o presidente disse que não há estratégia nessa comunicação intempestiva. Mas há muita,como explica, nesta sexta-feira, o colunista Pedro Doria . E nela, a mídia tradicional se mostra complementar às redes sociais. Na primeira, ele aborda, a seu modo, os temas de interesse público. No mundo virtual, levanta o assunto que deseja, de exploração do nióbio a obras ferroviárias.

Coube ao próprio Bolsonaro escancarar seu novo modelo de comunicação na quarta-feira, em Anápolis, um dia depois da entrevista ao Globo. Cercado de repórteres que lhe interpelavam sobre temas incômodos como o avanço do desmatamento e os ataques aos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o presidente interrompeu a entrevista e foi categórico: "O repórter aqui sou eu". Chamou os ministros presentes para que falassem exclusivamente do contrato que assinavam no local e sacramentou: "Vocês podem nem dar nada disso, mas ao menos entra nas minhas redes".
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Caneladas e alfinetadas

Na diplomacia, nada é por acaso. O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, desembarcou nesta semana no Brasil para uma visita institucional e foi recebido por seu par brasileiro, o ministro Ernesto Araújo. O presidente Jair Bolsonaro chegou a abrir um espaço em sua agenda para, por cortesia, também receber o ministro de Emmanuel Macron. Mas mudou de ideia.

Diante das severas críticas europeias à política ambiental de Bolsonaro, Le Drian havia se reunido, na véspera, com expoentes do tema no Brasil, como a ex-ministra Izabella Teixeira, que trabalhou nos governo Lula e Dilma, e o ex-deputado Alfredo Sirkis. A informação foi revelada pelo colunista Ancelmo Gois.

Ao ser informado do encontro do ministro francês com ambientalistas, Bolsonaro optou pelo achincalhe público: disse que teve um problema de agenda e, no horário em que ocorreria a reunião com o chanceler, entrou, ao vivo, nas redes sociais cortando cabelo.

Le Drian não se fez de rogado e, nos dias seguintes, deu a resposta no estilo típico da diplomacia: encontrou-se com os governadores do Nordeste, hoje o principal polo opositor ao Planalto, e com o governador de São Paulo, João Doria, adversário prioritário de Bolsonaro na centro-direira.

Uma luz no fim do túnel

Em meio a tantas manifestações de intolerância permeando o debate político nos últimos anos, causou surpresa a nomeação do filho do governador Wilson Witzel para a Coordenadoria de Diversidade Sexual da prefeitura do Rio.

Durante anos, o prefeito Marcelo Crivella, agora chefe de Erick Witzel, que é transsexual, foi um dos principais políticos a militar contra a criminalização da homofobia.

Fonte Foto:  POR PAULO CELSO PEREIRA
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA.
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